No silêncio do ser
em seu quarto talvez
em seu quarto talvez
céu e inferno em padecer
eterno, curto e revés.
e sua nudez esquálida
permeando-se de cruas
peles fugazes e pálidas.
A procura, busca.
o encontro, choca
e seu senso, semeia-se
e perde-se no eco.
Seu ser que não está
em si, visita-o pouco
insiste em amarelar
e ficar no outro.
Seu ser é contrário a si
e igual ao seu desejo,
mas inferna-se de vestir
o manto fugindo do despejo.
Fugir do destino certo
de todos os seres cridos
e encontrar talvez perto
o bem por outros esquecidos.
Ele esqueceu-se dela
antes mesmo de tê-la
e ela sequer existiu.
Antes mesmo morreu.
antes mesmo de tê-la
e ela sequer existiu.
Antes mesmo morreu.
Então atente-se:
Na tela há algo de eterno.
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