quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Deus?

Castiga-me teu doce amor
Quando peco em teu regaço
E em tuas entranhas me deleito
De teu peito e toda tua manha.


Afaga-me tua fúria causticante
Quando vingo teu braço
Caído em amargo feito
E teu defeito é o aço.


Religião e Estado
Mãe e Pai do bem e do mal
Nascem Deus e o desgraçado
E o povo, que somos afinal?


Esfregam-se com aquela (Religião)
Em busca do seu Pai inominado (Deus)
Deleitam-se neste (Estado)
Para fugir do gêmeo rechaçado (Desgraçado).


Ainda não sabem mal
Se mau ou bom, qual
Mas tem certeza do bem
De um e do mal que o outro tem.


Mas aonde ir?
Mas como chegar?
Pergunto-me para saber
Ou para confirmar?


Será bom o filho que quer o bem
Atiçando seus filhos à beira do mal,
Ou será mau o que tudo tem
E castiga o peco fruto da Terra?


Quem erra?
Quem acerta?
Como saber se somos
Apenas o que não queremos ser?