quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os atos.


Amar-te em ato
matar-te o ato
amar-te no mato
amar teu ato.

o ato de amar-te.
o mato para amar-te.
No ato que amaste.
Atar teu amar.

A frouxidão dos nós
que permite
o enroscar

é o mesmo espaço
permitido entre 
nossos amassos.

Mudanças.

Aprendo, esqueço, deixo passar ou friso.
Tem uma parte de mim que se esconde
quando me vê, talvez por medo ou sandice
outra parte se diverte com seus guisos.


A verdade é que nem sei quem sou
como me perguntas por que não mudar?
como me pedes para ser outro?
Então esse assunto desandou.

A vida e o rio de ontem
se foram há muito tempo
e já não suportam ninguém.

Nem quem fui
Nem quem sou.
tampouco serei.

Tua sede, minha fome.

À tua boca, meu desejo.
Ao teu corpo, minha sede.
E se és meu copo,
sede também meu prato.

Em nosso recato
o escândalo de ser
profanado e ungido
e assim permanecer.

E teu deleite
em minha fome
que te consome.

Fartas, minhas farpas
te cobrem e tu somes,
em nosso salivar.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sem.

Sem tempo.
Sem espaço.
Se nada há
além de nós.

Nós intensos.
Nós castos.
Nosso estar
nos nós.

Há dúvida?
Não posso
nem duvidar.

Há certezas?
Só posso
perguntar!