quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tua sede, minha fome.

À tua boca, meu desejo.
Ao teu corpo, minha sede.
E se és meu copo,
sede também meu prato.

Em nosso recato
o escândalo de ser
profanado e ungido
e assim permanecer.

E teu deleite
em minha fome
que te consome.

Fartas, minhas farpas
te cobrem e tu somes,
em nosso salivar.

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